15 de nov. de 2010

Insônia


Rolo perdida entre os lençóis que parecem pinicar-me. Hoje não é a tristeza ou a preiocupação minha tormenta, mas a euforia que fervilha em fantasias. Tento aquietar-me, mas meus pensamentos rodopiam feito vento.
Meu corpo está em frangalhos, meus olhos pesam e lacrimejam, quando bocejo dói o peito, mas a mente não se aquieta e fica indo e vindo entre cenas reais e aquelas que ela cria.
Quero e preciso adormecer, mas pareço presa num formigueiro ou braseiro a me consumir.
Desisto! Já que não posso calar-te posso ao menos tentar ignorar-te. Danço com o controle remoto... paro para ouvir um pouco da história de um poeta, Augusto creio eu. Depois um documentário sobre os mistérios da mente... e volto a perder-me em torno de ti.
Então decido brincar com as palavras no papel na tentativa de te exaurir. Não quero devaneios ou fantasias, quero viver o dia-a-dia. Não quero as armadilhas de minha mente, quero a verdade do presente.

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