26 de ago. de 2011

Mato-te em Mim

Mato-te
E ao matar-te mato também a mim
Aos poucos enveneno a lembrança
Apago as cores
Silencio as melodias e aumento os ruídos
Firo a alma até não mais sentir
Doses de envenenamento conduzido
Materte-ei
Mas e eu? Sobreviverei?
Em que me tornarei?
Fostes o sopro em minh’alma já esquecida
E ao mater-te em mim
Condeno ela também

19 de ago. de 2011

pra me convencer


Para evitar o sofrer invento o não querer
Desconstruo você, para tentar te esquecer

Doce ilusão de ter o poder
De mandar o coração parar de bater

Visto-me de autossuficiência na pura aparência
Na figura de quem nada sente levo todos a crer

Dizem que a mentira repetida infinitamente
Verdade passa a ser

Então repito a todos que nada sinto por você
Na esperança de um dia a mim mesma convencer

9 de ago. de 2011

Desejo
















Gélido... Sombrio... Vazio....
Sinto o fogo se apagando
Mesmo a brasa se esfriando
Corroi-me a alma
Ver-te se matando
Não matas o corpo
Deste até cuidas
Mas calas o coração
Buscas petrifica-lo
Petrificado não sangras
Não compreender que ao negar-te o amor
Negas o que és, tua essência
Desejo ter o poder de apagar tuas dores
Teus desamores
E ver-te novamente pulsar
Na total capacidade que tens de amar
Desejo ver-te inteiro
Ver o brilho da paixão em teu olhar
A quem queres enganar?
Tu viestes para amar
Tropeçastes em desamores
Provastes os dissabores
Mas ainda há tempo de amar
Amar inteiro por também se fazer amar
Desejo poder em teu coração adentrar
Nele me instalar
E a chama novamente cripitar
Juntos nos cuidar
Reaprender a confiar
A amar
A se deixar amar
A verdadeiramente nos entregar
Sem medo de errar