27 de out. de 2011

Por que?


Por que impregnastes em minh’alma?
Por que enraizaste em meu ser?
Por que trazes contigo o sofrer?
O sofrer da ausência deliberada
O sofrer da indiferença expressada
Ajude-me a compreender o porquê
É aprendizado? Qual? Com que finalidade?
Resgate? De que? De quem?
Se ao menos eu soubesse o porquê
Poderia compreender
Rezo, clamo! Mas não tenho resposta
E os sinais são sempre dúbios
Já está ficando difícil manter a imagem autossuficiente
Tá difícil sufocar
Nem as lágrimas servem mais de alívio
Chego a desejar secar

17 de out. de 2011

Insônia









Olhos ardendo e corpo fatigado,
Mas Hipnos parece estar a me abandonar
Com visitas mais espaçadas e curtas
Folheio livros
Brinco com o controle da tv
Vou do clássico ao metal
Navego pela rede
Mas em nada consigo me prender
Apago as luzes e silencio o ambiente
Mas não consigo calar a mente
Passado, futuro e presente se misturam em imagens e frases desconexas
Desejos e medos
Arrependimentos e anseios
Razão e emoção
Cérebro e coração
Turbilhão de reflexões e sentimentos
Não quero ouvir, não quero pensar, não quero sentir...
A tudo quero ignorar, apagar...
Mas o botão “OFF” teima em não funcionar
E o “DEL” eu não consigo acionar
Anseio pelo blecaute natural de cada noite
Mas só me resta aguardar pelo despertar lá fora
E um novo dia começar
Ou seria emendar?