26 de nov. de 2010

Abre-se a janela para o horizonte desejado.
Expectativa... desafio... medos... ansiedade... esperança...
Preparo-me. Limpo minhas penas jogando fora aquelas que possam pesar demasiadamente. Avivo minhas cores. Amacio minha alma.
Está chegando o momento de lançar-me e mantenho o olhar no destino além do horizonte.
De repente fecha-se a janela. Como?! Por quê?! Negação. Tristeza. Raiva. E finalmente, aceitação.
Então olho pra cima e percebo que não há teto. Olho em volta e não há janelas, portas, muito menos paredes. Há somente uma variedade de horizontes.
Meus olhos se abrem, me avivo e bato as asas lançando-me ao ar.

22 de nov. de 2010


Hoje vou por aí... pra onde? Não sei.
Também desconheço o caminho por onde andarei.
Fecho os olhos e deixo aflorar meus sentidos...
Sinto o vento em meus cabelos, um fino frio a arrepiar minha pele
e o perfume da noite a embriagar-me.
Também me abro aos sons que me rondam... as ondas quebrando, os grilos cantando e até o silêncio de minha alma a gritar na solidão.
Hoje vou ficar assim... perdida em mim

15 de nov. de 2010

Insônia


Rolo perdida entre os lençóis que parecem pinicar-me. Hoje não é a tristeza ou a preiocupação minha tormenta, mas a euforia que fervilha em fantasias. Tento aquietar-me, mas meus pensamentos rodopiam feito vento.
Meu corpo está em frangalhos, meus olhos pesam e lacrimejam, quando bocejo dói o peito, mas a mente não se aquieta e fica indo e vindo entre cenas reais e aquelas que ela cria.
Quero e preciso adormecer, mas pareço presa num formigueiro ou braseiro a me consumir.
Desisto! Já que não posso calar-te posso ao menos tentar ignorar-te. Danço com o controle remoto... paro para ouvir um pouco da história de um poeta, Augusto creio eu. Depois um documentário sobre os mistérios da mente... e volto a perder-me em torno de ti.
Então decido brincar com as palavras no papel na tentativa de te exaurir. Não quero devaneios ou fantasias, quero viver o dia-a-dia. Não quero as armadilhas de minha mente, quero a verdade do presente.